Em jeito de introdução histórica
Ainda o homem dava os primeiros passos sobre a Terra, no longo e longínquo paleolítico, lascando pedras para facas, machados e pontas de flechas, e, com a ajuda de alguns aparelhos rudimentares, já triturava e moía raízes, frutos e grãos silvestres que usava na alimentação para satisfazer a mais premente das suas necessidades.
Para obter a farinha triturava os grãos com duas pedras lisas, uma maior e fixa (o pouso) e outra, menor e móvel (a mó). Estava-se na pré-história da agricultura e era este o processo usado no Egipto e noutras civilizações há muitos milhares de anos.
Quando os nossos avós remotos começaram a semear grãos, isto é quando descobrem a agricultura iniciando assim a primeira revolução económica da história humana, desenvolvem um vastíssimo conjunto de utensílios que, muito mais tarde, darão origem aos moinhos.
Primeiro foram os almofarizes, o pilão, o metate, a mó de rebolo, a mó rotativa, e muitos mais. Depois, com a invenção da roda hidráulica, começou-se a aproveitar a força das quedas de água para accionar moinhos e azenhas, activando a moagem.
Mas, percebendo o potencial de trabalho do vento, o homem, denotando um aproveitamento racional da natureza como força motriz para o desenvolvimento harmonioso (que infelizmente parece hoje uma noção tão deslocada da realidade), recorreu também à força eólica, e assim aparecem os primeiros moinhos de vento.