A ESR, predominantemente vocacionada para o ensino de prosseguimento de estudos, está atenta aos desafios da sociedade e pretende a concretização de critérios de exigência e de excelência no processo educativo e de ensino-aprendizagem, sem escamotear a preocupação quotidiana de
promover um ambiente social e afetivo propício e sustentável, em que prevaleçam os princípios de cariz humanista.
Procura-se a diferença, incentiva-se a criatividade e a inovação, com a consciência de que o presente se constrói com os olhos postos no futuro. Por outro lado, não se descuram valores que se afiguram centrais no quotidiano de uma Escola, tais como a cooperação, a lealdade e uma comunicação
cada vez mais eficaz no seio da comunidade educativa. Existe, ainda, a preocupação de se estar disponível para ouvir os intervenientes no processo educativo e, consequentemente, refletir e tomar as decisões mais adequadas.
A ESR assume como missão dar continuidade a um trabalho de valorização de práticas pedagógico-didáticas que alicercem um envolvimento efetivo dos discentes na construção dos próprios saberes e no desenvolvimento de competências que os tornem, segundo uma base humanista, cidadãos ativos e preparados para enfrentar e debelar as adversidades de modo esclarecido e eficaz. Nesta linha de princípios, pretende-se uma escola assente em quatro princípios estruturantes da visão do serviço educativo, a saber: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser.
APRENDER A CONHECER
O conhecimento alicerçado numa cultura científica consubstancia as aprendizagens intrínsecas a um saber estruturante no que respeita ao desenvolvimento de estratégias de superação de obstáculos e resolução de problemas inerentes às vivências do quotidiano. Para tal não se pode descurar uma prática assente no rigor e na exigência enquanto premissas base para um ensino de excelência que habilite, para a vida, os indivíduos de uma perspetivação crítica do mundo assente na curiosidade e na permanente insatisfação relativamente aos saberes consolidados.
APRENDER A FAZER
O desenvolvimento de aprendizagens e a consolidação de competências enquanto meio para enfrentar desafios e desempenhar diversas funções constituem uma praxis essencial que habilita os indivíduos de um saber que se transforma em ação. Pretende-se que a escola constitua uma oportunidade de inclusão dos indivíduos na vida ativa e na sociedade, dotando-os de competências independentemente da matriz socioeconómica e cultural de que são oriundos.
APRENDER A CONVIVER
O desenvolvimento socio afetivo equilibrado é uma condição essencial à aquisição de aprendizagens e ao desenvolvimento de competências conducentes ao sucesso e à autorrealização dos indivíduos. Desta forma, a escola constitui um agente importante no processo de sociabilização. As práticas quer em sala de aula, quer em outros ambientes educativos são fundamentais na regulação de comportamentos e no desenvolvimento de uma inteligência emocional – competência fulcral nas interações sociais e, por conseguinte, fundamental na construção de sentimentos de pertença enquanto fator identitário inerente à formação de indivíduos participativos, responsáveis, defensores de causas e construtores de uma sociedade sustentável.
APRENDER A SER
Uma base educativa sólida preconizadora de aprendizagens no âmbito do aprender a conhecer, aprender a fazer e do aprender a conviver, e, por conseguinte, centrada no desenvolvimento de saberes e competências diversas não é alheia aos valores reguladores das liberdades individuais, enquanto força motriz do respeito pela dignidade humana. Isto é, não se constrói ou incutem valores democráticos de preservação do bem comum e do mundo sem promover a reflexão, a curiosidade, o pensamento crítico e criativo, a responsabilidade e a liberdade inerentes a uma base humanista no ensino.